Trovadorismo - 19 Exercícios Gabaritados

01. (ESPCEX) É correto afirmar sobre o Trovadorismo que
[A] os poemas são produzidos para ser encenados.
[B] as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas.
[C] nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.
[D] as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada.
[E] as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.

02. (UFRS) Assinale a alternativa incorreta com respeito ao Trovadorismo em Portugal:
a) nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
b) nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
c) a influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.
d) durante o trovadorismo, ocorre a separação entre poesia e música.
e) muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.

03. (MACKENZIE) Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.
a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões estéticos greco-romanos.

04. (MACKENZIE) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito das cantigas de amor.
a) O ambiente é rural ou familiar.
b) O trovador assume o eu-lírico masculino: é o homem quem fala.  
c) Têm origem provençal.  
d) Expressam a "coita" amorosa do trovador, por amar uma dama inacessível.  
e) A mulher é um ser superior, normalmente pertencente a uma categoria social mais elevada que a do trovador.

05. (FUVEST) Sobre o Trovadorismo em Portugal, é correto afirmar que:
a) sua produção literária está escrita em galego ou galaico-português e divide-se em: poesia (cantigas) e prosa (novelas de cavalaria).
b) utilizou largamente o verso decassílabo porque sua influência é clássica.
c) a produção poética daquela época pode ser dividida em lírico-amorosa e prosa doutrinária.
d) as cantigas de amigo têm influência provençal.
e) a prosa trovadoresca tinha claro objetivo de divertir a nobreza, por isso têm cunho satírico.

06. (UNIFESP)
Senhor feudal
Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia.

Oswald de Andrade

O título do poema de Oswald remete o leitor à Idade Média. Nele, assim como nas cantigas de amor, a idéia de poder retoma o conceito de
a) fé religiosa.
b) relação de vassalagem.
c) idealização do amor.
d) saudade de um ente distante.
e) igualdade entre as pessoas.

07. (FUVEST) O Trovadorismo, quanto ao tempo em que se instala:
a) tem concepções clássicas do fazer poético.
b) é rígido quanto ao uso da linguagem que, geralmente, é erudita.
c) estabeleceu-se num longo período que dura 10 séculos.
d) tinha como concepção poética a epopeia, a louvação dos heróis.
e) reflete as relações de vassalagem nas cantigas de amor.

08. (FUVEST) Interpretando historicamente a relação de vassalagem entre homem amante/mulher amada, ou mulher amante/homem amado, pode-se afirmar que:
a) o Trovadorismo corresponde ao Renascimento. Pandora Vestibulares, com você em todas as fases.
b) o Trovadorismo corresponde ao movimento humanista.
c) o Trovadorismo corresponde ao Feudalismo.
d) o Trovadorismo e o Medievalismo só poderiam ser provençais.
e) tanto o Trovadorismo como o Humanismo são expressões da decadência medieval.

09.  (UNIFESP) TEXTO PARA A QUESTÃO:

TEXTO I
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.

(Luís de Camões, Ao longo do sereno.)

TEXTO II
Bailemos nós ia todas tres, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.

(Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)

TEXTO III
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.

(Fernando Pessoa, Obra poética.)

TEXTO IV
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.

(Luís de Camões, Obra completa.)

TEXTO V
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)

(Mário de Sá Carneiro, Poesias.)

A alternativa que indica texto que faz parte da poesia medieval da fase trovadoresca é
a) I.   
b) II.
c) III.   
d) IV.   
e) V.   

10. (PUC-RS) O paralelismo, uma técnica de construção literária nas cantigas trovadorescas, consistiu em:
a) unir duas ou mais cantigas com temas paralelos e recitá-las em simultaneidade.
b) um conjunto de estrofes ou um par de dísticos em que sempre se procura dizer a mesma ideia.
c) apresentar as cantigas, nas festas da corte, sempre com o acompanhamento de um coro.
d) reduzir todo o refrão a um dístico.
e) pressupor que há sempre dois elementos paralelos que se digladiam verbalmente.

11. (Mack) Assinale a afirmativa correta sobre o texto

Texto
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Martim Codax

Obs.: verrá = virá
levado = agitado

a) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta a Deus seu sofrimento amoroso.
b) Nessa cantiga de amor, o eu lírico feminino dirige-se a Deus para lamentar a morte do ser amado.
c) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta às ondas do mar sua angústia pela perda do amigo em trágico naufrágio.
d) Nessa cantiga de amor, o eu lírico masculino dirige-se às ondas do mar para expressar sua solidão.
e) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico feminino dirige-se às ondas do mar para expressar sua ansiedade com relação à volta do amado.

12. (PUC-SP) A farsa revela surpreendente domínio da arte teatral. Segundo seus estudiosos, Gil Vicente utiliza-se de processos dramáticos que se tornarão típicos em suas criações cômicas. com as características de seu teatro,
a) o rigoroso respeito à categoria tempo, delineado na justa sucessão do transcorrer cronológico das ações.
b) a não preparação de cenas e entrada de personagens, o que provoca a precipitação de certos quadros e situações.
c) o realismo na caracterização social, psicológica e linguística de seus personagens.
d) o perfeito domínio do diálogo e grande poder de exploração do cômico.
e) o pouco aparato cênico, limitado ao necessário para sugerir o ambiente em que decorre a peça.

13. (ESPM) O amor cortês foi um gênero praticado desde os trovadores medievais europeus. Nele a devoção masculina por uma figura feminina inacessível foi uma atitude cons¬tante. A opção cujos versos confirmam o exposto é:
a) Eras na vida a pomba predileta (...) Eras o idílio de um amor sublime. Eras a glória, - a inspiração, - a pátria, O porvir de teu pai! (Fagundes Varela)
b) Carnais, sejam carnais tantos desejos, Carnais sejam carnais tantos anseios, Palpitações e frêmitos e enleios Das harpas da emoção tantos arpejos... (Cruz e Sousa)
c) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. (Álvares de Azevedo)
d) Em teu louvor, Senhora, estes meus versos E a minha Alma aos teus pés para cantar-te, E os meus olhos mortais, em dor imersos, Para seguir-lhe o vulto em toda a parte. (Alphonsus de Guimaraens)
e) Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer amar e malamar, amar, desamar, amar? (Manuel Bandeira)

14. (IFSP)

Cantiga de Amor
Afonso Fernandes

Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.

Já que assim é, eu venho-vos rogar
que queirais pelo menos consentir
que passe a minha vida a vos servir (...)

(www.caestamosnos.org/efemerideS/118. Adaptado)

Observando-se a última estrofe, é possível afirmar que o apaixonado
a) se sente inseguro quanto aos próprios sentimentos.
b) se sente confiante em conquistar a mulher amada.
c) se declara surpreso com o amor que lhe dedica a mulher amada.
d) possui o claro objetivo de servir sua amada.
e) conclui que a mulher amada não é tão poderosa quanto parecia a princípio.

15. (FAAP)

SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)

Releia com atenção a última estrofe:

"Fez-se de amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente".

Tomemos a palavra AMIGO. Todos conhecem o sentido com que esta forma linguística é usualmente empregada no falar atual. Contudo, na Idade Média, como se observa nas cantigas medievais, a palavra AMIGO significou:
a) colega
b) companheiro
c) namorado
d) simpático
e) acolhedor

16. (CETREDE) - Leia a cantiga a seguir.
 
Assanhei m’ eu muit’ a meu amigo
por que mi faz el quanto lhi digo;
por que entendo ca mi quer ben
assanho me lhi por en
 
E, se m’ outren faz ond’ ei despeito,
a el m’ assanh’ e faço dereito;
por que entendo [ca mi quer ben
assanho me lhi por en]
 
E ja m’ el sabe mui ben mha manha,
ca sobr’ el deit’ eu toda mha sanha;
por que entendo ca mi quer ben
[assanho me lhi por en]
 
Disponível em: https://cipm.fcsh.unl.pt/corpus/texto.jsp?t=d&id=22522. Acesso em: 27 dez. 2023.
 
As cantigas de amigo, tais como a que é apresentada, fazem parte do Trovadorismo, primeiro estilo literário documentado em língua portuguesa (séculos XII e XIII). Sobre as produções dessa época, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Existia influência do idioma galego na escrita trovadoresca.
B) Os poemas eram divulgados na modalidade oral da língua.
C) A música influenciava o modo de construção dos poemas.
D) Era empregada uma língua escrita altamente sistematizada.
E) Era comum o emprego de termos indicativos de vassalagem amorosa.

17. (CETREDE) - Sobre o Trovadorismo é INCORRETO afirmar que
A) os poemas devem ser recitados sem acompanhamento musical.
B) as cantigas são sua principal manifestação.
C) foi a primeira manifestação literária da Língua Portuguesa.
D) uma das obras que o marcaram foi a Cantiga da Ribeirinha.
E) normalmente os trovadores eram artistas de origem nobre.

18. (VUNESP) - Leia o texto para responder à questão.

Quero eu na maneira de um provençal
fazer agora um cantar de amor
e quererei muito aí louvar minha senhora,
a quem boas qualidades e formosura não faltam,
nem bondade, e ainda vos direi isto:
tanto a fez Deus perfeita de bem
que mais que todas as do mundo vale.

(Dom Diniz. In: Poesia e prosa medievais. Lisboa: Ulisseia, s/a)

O verso que vincula o eu lírico à origem do trovadorismo é
A) tanto a fez Deus perfeita de bem
B) e quererei muito aí louvar minha senhora,
C) fazer agora um cantar de amor
D) a quem boas qualidades e formosura não faltam,
E) Quero eu na maneira de um provençal

19. (VUNESP) - Leia o texto para responder à questão.

Quero eu na maneira de um provençal
fazer agora um cantar de amor
e quererei muito aí louvar minha senhora,
a quem boas qualidades e formosura não faltam,
nem bondade, e ainda vos direi isto:
tanto a fez Deus perfeita de bem
que mais que todas as do mundo vale.

(Dom Diniz. In: Poesia e prosa medievais. Lisboa: Ulisseia, s/d)

Sobre o amor cortês no Trovadorismo, afirma-se que era
I. um código amoroso composto de regras;
II. idealizado, e a dama constituía um ser inalcançável;
III. manifestado por um vassalo que submetia a dama a seus caprichos.
Está correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II, apenas.
D) III, apenas.
E) I, II e III.


 

 

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